29 de novembro de 2014

A note to self #2

Nunca te senti desespero. Nem na iminência de me veres uma última vez olhar-te para o fundo dos olhos. Nunca te cheirei desespero. Nem na iminência de me tocares uma última vez. Já não te sinto. Não te reconheço aquele cheiro que se agarrava ao ar da sala e ficava lá a perfumar-me os dias. Nunca te senti desespero.
Não sei com que critério Deus me fez assim o coração. Talvez um dia a caixa de escuridão que me ofereceste me venha a ser ferramenta. Deus talvez tenha um plano, afinal. 
Amo-te com este coração que nem eu entendo, enquanto abraço incrédula o escuro que me deste.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário